Há 20 anos foi lançado o game mais revolucionário da história da F1, o Grand Prix 2.
Lançado em 1996 pela Microprose, é uma evolução do World Circuit Racing, criado em 1992 – que já havia sido um sucesso retumbante e criara as bases para a evolução.
Hoje, GP2 é mais conhecida como a categoria de acesso à F1, mas há 20 anos era O jogo. Meu vizinho tinha o jogo e sempre que podia pedia para ele até conseguir comprar um por $30 em 1997 em um dia de bom humor do meu pai.
Na época haviam um 486 DX2 e um Pentium 75-alguma-coisa em casa. Por isso, nunca consegui jogar na revolucionária tela Super VGA (conhecida como resolução 1024 x768), mas isso nunca, jamais, atrapalhou a diversão.
Até hoje, mesmo com rFactor e afins, ainda considero o GP2 como o melhor game de imersão em um carro de F1. E, 20 anos depois, decidi repetir a experiência.
Foi uma volta ao passado.
Baixar o game foi fácil – só uma pesquisinha no Google. Depois, foi a vez de baixar um emulador de DOS para poder rodar o jogo. Burocracias feitas, digitei GP2 no DOS como nos velhos tempos e…
Abriu!!!
Até então tudo lindo. Aí pensei que poderia acontecer o mesmo que em outros jogos antigos que, quando rodados em um computador mais avançado, ficaram rápidos demais e estragaram a jogabilidade.
Mas não foi o que rolou neste caso!
Ah, rapaz… Fui nos gráficos e coloquei todos os detalhes possíveis. Mantive o Jean Alesi e a pista da Itália e fui ver se funcionava.
Funcionou! Com som e tudo!
Aí foi jogar. Me senti em 1997. Havia esquecido como era gostoso jogar o GP2. A física do jogo é muito boa até hoje, assim como a jogabilidade. Há umas limitações, mas para um jogo de 1996 é completamente aceitável. Os gráficos para a época eram espetaculares e dá para melhorar como eu fazia naquele tempo – mas é um trabalho para quem tinha muito tempo livre, como acontecia nos meus 14 anos.
A inteligência artificial é a melhor de todos os jogos, com você realmente tendo dificuldade para caçar um rival, abrir distância, disputar posições. A sensação é mesmo de disputar uma corrida com equilíbrio real – algo que até hoje alguns jogos pecam.
Nem todas as pistas conseguiram ser fiéis, como Interlagos e Canadá, com alguns trechos levemente desfigurados, mas as pistas europeias são de uma qualidade impressionante. Deu para matar aquela saudade de Silverstone antigo, Jerez, Magny-Cours. Ah, e Adelaide – para mim a melhor pista de rua que a F1 já teve.
Aos poucos fui relembrando as manhas e, como só choveu no domingo, relembrei uma brincadeira de 20 anos atrás, onde disputava corridas rápidas de 3 voltas largando em sexto no nível difícil e cumpria o calendário.
Fui até o GP da Inglaterra, onde fiquei em quarto usando a Jordan. De resto, só fiz cagada, mas me diverti horrores. É tipo quando um Massa da vida volta a andar com um kart que ele usou no início da carreira.
Quando fui desligar o jogo para ver a Cerimônia de Encerramento, me surpreendi com algo que havia esquecido: ao encerrar o game é exibido o tempo que você ficou jogando. Foram quase três horas vivendo nos anos 90 e me divertindo como moleque.
E não adianta: pode sair o F1 2020, o rFactor 15, o Project Cars 21, mas o meu jogo preferido será sempre o GP2.
Se você leu até o final, você se deu muito bem! Abaixo estão os links para baixar o jogo (sai 70 mb) e o DOS Box!
- Como jogar: instale o DOS Box e descarregue a pasta da GP2 no C:
- Abra o DOS Box e digite na linha de comando: mount c c:\gp2\
- Feito isso, digite C:
- Depois, digite GP2
- Voilá
Divirtam-se!